10 de abr. de 2011

Ditadura Militar

GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967)

   Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estava autorizado o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) - que representava a oposição, mas que era, de certa forma, controlada - e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) – que representava os militares.



GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

    Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. 
    Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar. 
A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.
    O AI-5 (Ato Institucional número 5), emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985), é considerado o mais duro golpe na democracia e deu poderes quase absolutos ao regime militar. Entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968.



GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)

    A junta militar era formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).
    Cinco dias depois de a Junta Militar assumir o poder no lugar do adoentado Costa e Silva e agravar ainda mais a política no país, militantes do MR8 e da ALN decidiram, sequestrar o embaixador dos EUA no Brasil. E assim, em 4 de setembro de 1969, Charles Burke Elbrick se tornaria o primeiro diplomata dos EUA a ser sequestrado em todo o mundo, e a ação seria a primeira desse tipo realizada na América do Sul.
    O sequestro foi bem sucedido, com ele conseguiram a libertação de 15 presos políticos e mais, os guerrilheiros conseguiram também divulgar nas rádios e jornais de todo o país um manifesto contra a ditadura, o que despertou a atenção nacional e internacional para sua luta contra os militares (nesse tempo todo e qualquer tipo de mídia estavam censurados).
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.






GOVERNO MEDICI (1969-1974)

    Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como "anos de chumbo". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. 
    O período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. 
    Com o Ato Institucional nº 5, em vigor desde 1968, o sistema repressivo desencadeou ações violentas contra todos os opositores do regime. Os principais alvos da repressão policial-militar foram as organizações guerrilheiras. Existiam muitas organizações armadas, mas os principais grupos que atuaram neste período foram: Aliança Libertadora Nacional (ALN), Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
    Apesar de terem realizado grandes conquistas para a oposição, todas as organizações guerrilheiras urbanas foram destruídas ou completamente desarticuladas. A maioria dos militantes dessas organizações morreu em combate com os agentes dos órgãos de repressão. Aqueles que sobreviveram ficaram presos ou foram banidos do país. O golpe final da ditadura contra as organizações armadas foi dado com a destruição da Guerrilha do Araguaia, que havia sido promovida pelo PCdoB.
 


GOVERNO GEISEL (1974-1979)

Época do seu governo coincide com o fim do Milagre Econômico.
A oposição política começa a ganhar espaço. 
Seu governo abre caminho para a volta da democracia no Brasil.



GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985)

       A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. 
   Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT).